Hábitos alimentares, quais são os seus?
O processo de formação do hábito alimentar, envolve vários fatores como sociais, psicológicos, físicos, culturais, crenças e tabus, cognitivos, filogenéticos e ontogenéticos, dentre outros. Estes, devem ser considerados no inicio, durante e depois de mudanças de hábitos alimentares e reeducação alimentar.
Alguns estudos mostram que o processo de formação do hábito alimentar vem desde o embrião através de forte influência da alimentação materna durante a gestação, onde esta irá se refletir na alimentação futura do indivíduo através da memória genética. Os primeiros meses de vida é fundamental nesse processo, onde a mãe e familiares próximos, devem proporcionar conforto para que o bebê se alimente, nesse momento exclusivamente através do aleitamento materno, de forma segura e agradável até o sexto mês de vida, evitando assim grandes possibilidades do desenvolvimento de transtornos. A partir do sexto mês de vida, a alimentação complementar deve ser inserida adequadamente na dieta do bebê, uma vez que o leite materno já não é mais nutricionalmente suficiente para suprir suas necessidades, esse é o momento para que seja ofertado alimentos variados e dentre eles as frutas e vegetais amassadinhos. É comum que o alimento não seja aceito logo no primeiro contato, e o "empurrar" o alimento na criança não deve ser feito, deve-se suspender a oferta do alimento preterido naquela refeição e voltar a oferecer em uma outra refeição, preparado de uma outra forma (por exemplo, se o bebê não aceitou um purê de mamão, voltar a oferecer em uma refeição futura na forma de um vitaminado), pois uma simples mudança na textura do alimento pode refletir na aceitação do alimento que antes era preterido. A fase do pré escolar, comumente aos 2 anos de idade, é uma fase muito importante no processo de formação do hábito alimentar, e esta fase merece atenção especial uma vez que a criança começa a fazer suas próprias escolhas e as influências da mídia e convívio com outras crianças tem ação forte e direta nesse processo. Assim, é indispensável que seja ensinado de forma lúdica para que a criança entenda a importância de uma alimentação saudável e variada e seja despertado o interesse nela em seguir as orientações. Ao chegar na adolescência e vida adulta com alimentação mais adequada e estruturada, o prazer em comer bem se torna mais fácil, porém é normal, assim como com as crianças, haver a rejeição de alguns alimentos, principalmente se for o primeiro contato, por isso, é necessário que se experimente o alimento, diversas vezes e preparados de diferentes maneiras para que se tenha uma opinião válida.
Uma alimentação variada com diversos tipos de alimentos, associada a uma dieta equilibrada e rica em alimentos preferencialmente in natura e/ou minimamente processados proporciona a ingestão de nutrientes essenciais ao corpo de forma adequada através do equilíbrio entre nossa necessidade e ingestão. Somando o consumo adequado de água e a prática de atividades físicas, resultam em um hábito de vida saudável cheio de benefícios a saúde, a curto, médio e a longo prazo.
Em contraste, os alimentos ricos em açúcares (refrigerantes, sucos industrializados, bolos recheados etc), gorduras (fast food, frituras, bombons, sorvetes etc), alimentos processados e ultra-processados (salgadinhos de pacote, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, enlatados etc) são ricos em adições que em excesso são prejudiciais a saúde como o sal, açúcar, gorduras, corantes e conservantes, podendo causar diversas patologias como diabetes, hipertensão, doenças intestinais, obesidade, anemias, dentre outras.
A escolha de hoje em alimentar-se bem e de forma prazerosa, previne que no futuro haja a necessidade em fazer uma alimentação forçada devido determinadas patologias e também pode evitar a necessidade do uso de medicamentos de controle.
E então, quais são os seus hábitos alimentares e estilo de vida? Que tal um planejamento positivo para 2017 com acompanhamento nutricional personalizado de acordo com suas necessidades e objetivos?
Um forte abraço!
